sexta-feira, 20 de julho de 2018

Facilidade em cultivar pensamentos negativos pode levar à depressão


Estudo liga doença à alteração na memória de curto prazo

Algumas pessoas superam traumas, como a perda de um parente ou o divórcio, de maneira mais rápida, mas há aquelas que desenvolvem depressão a partir de situações como essas. Novo estudo, que será publicado no periódico Psychological Science, da Association for Psychological Science, mostra que parte da razão pela qual as pessoas desenvolvem a doença a partir de um evento negativo está na memória de trabalho - também chamada de memória de curto prazo - que insiste em ruminar pensamentos negativos e não permite que o depressivo volte a sua atenção para outra coisa.

Os pesquisadores da University of Miami e Stanford University, Estados Unidos, recrutaram 26 pessoas com depressão e 27 que nunca tiveram a doença. Cada uma delas sentou em frente a um computador e recebeu três palavras, uma por vez e durante um segundo cada. Então, os estudiosos pediram que elas se lembrassem das palavras que foram apresentadas, seja na ordem mostrada ou na ordem contrária.

Em seguida, o computador apresentou uma palavra já mostrada na sequência anterior e os participantes deveriam responder o mais rápido possível se ela foi a primeira, segunda ou a terceira da ordem anterior. A velocidade da resposta determina o quão flexível é o pensamento da pessoa, ou seja, quanto mais rápido ela respondeu, melhor a capacidade dela de mudar de pensamentos.

As pessoas com depressão tiveram problemas em reordenar as palavras em sua cabeça. Quando tiveram que se lembrar das palavras na ordem inversa, demoraram mais tempo para dar a resposta certa. Observou-se que elas tiveram ainda mais dificuldade quando as palavras em questão tinham conotação negativa, como "morte" ou "tristeza".

Para os pesquisadores, as palavras ficam presas na memória de curto prazo dos depressivos, ainda mais aquelas com sentido negativo. Por causa disso, esses indivíduos estão mais propensos a refletirem sobre seus problemas.

Alimentos que ajudam a combater a depressão

A alimentação pode ajudar no combate da doença. Confira a lista feita pela nutricionista Daniela Cyrulin:

Espinafre e brócolis: contêm potássio e ácido fólico, importantes para o bom funcionamento das células, assim como o magnésio, o fosfato e às vitaminas A e C e ao Complexo B, que garantem o bom funcionamento do sistema nervoso.

Peixes e frutos do mar: diminuem o cansaço e a ansiedade, pois contêm zinco e selênio, que agem diretamente no cérebro. Cereais integrais e chocolate (com moderação) também são ótimas fontes de zinco. O selênio também pode ser encontrado no atum enlatado e na carne de peru.

Laranja: promove o melhor funcionamento do sistema nervoso. É um ótimo relaxante muscular, ajuda a combater o estresse e prevenir a fadiga. A fruta é rica em vitamina C, cálcio e vitaminas do Complexo B. A ingestão de vitamina C inibe a liberação de cortisol, principal hormônio relacionado ao estresse no corpo.

Castanha-do-pará: melhora sintomas de depressão, auxiliando na redução do estresse. Também é rica em selênio, um poderoso agente antioxidante. Uma unidade ao dia já fornece a quantia diária recomendada de 350mg.

Alimentos ricos em vitaminas do complexo B: quando o estresse está presente, o corpo utiliza a glicose desordenadamente, consumindo as proteínas do músculo como fonte de energia. O ideal, portanto, é se alimentar de alimentos ricos em carboidratos complexos e uma dose extra de proteína magra como: leite em pó, queijo minas, amêndoas e carne - que contêm vitamina B12 -, além de ovo, leite, banana, aveia e batata - ricos em vitamina B6.

Maracujá: ao contrário do que diz a crença popular, a fruta não é calmante, mas sim suas folhas. As folhas contêm alcalóides e flavonóides, substâncias depressoras do sistema nervoso central (SNC), o conjunto do cérebro com a medula espinal, responsável pela sensibilidade e pela consciência. Por isso, elas atuam como analgésicos e relaxantes musculares.

Fonte: Minha Vida

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